quinta-feira, 31 de março de 2011

Caiu no Esquecimento


          Qual é a sua última lembrança sobre a relação entre carta e correio ou sobre o envio de cartas? Para muitos, a resposta é uma não vivenciada por elas próprias, mas relacionada a histórias antigas: o pombo correio que era o mesnsageiro desde a alta antiguidade. E é dessa forma que as cartas ficam apenas registradas na memória. É claro que as cartas tiveram grande importância certa época, por ser uma das únicas maneiras possíveis para se dar recados, revelações, desabafos ou declarações.        
          As "cartas" que recebemos via correio, nos dias de hoje, são contas e mais contas, propagandas, entre outras coisas muitas vezes banais. Mas, como já citado antes, algum tempo atrás circulavam neste espaço cartas reais. Estas eram irreverentes, mas infelizmente caíram no esquecimento para a grande maioria. A praticidade extinguiu (em partes) este meio tão envolvente e que de maneira e gestos simples conseguem atingir emocionalmente quem as recebe. A carta escrita por Pero Vaz de Caminha, registrando o descobrimento do Brasil e anunciando-o para o mundo, continha relatos detalhados, impressões de valor rico, relações sentimentais e que descreviam a reação dos índios de forma eficaz. Esta carta relevante ficou na história e demonstra como a carta é verdadeira e sincera e pode ser muito significativa. Pena que não é feito o mesmo, hoje, com cartas de amor, de reconhecimento, que trasmitem felicidade ao ter o simples privilégio de abrir uma carta. Até porque as cartas foram substituídas pelo e-mail eletrônico e por uma sequência de inovações que passaram a ser mensagens repletas de frieza, que de tão práticas se tornam sem emoção.

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